(André de Moraes)
Um cigarro
naquela janela
A cidade
como uma tela
Virtuais abraços
Ô visita boa
Um devaneio
a toa
Da festa que
parecia boa
Um beijo lhe
resta
Floresce a
angústia
Que enternece a memória
Ao pensar na
altura
Onde deixara
a história
E na viagem
Não se completa a saudade
Que moveu o
pensamento
Levando
depois o pé
Na crença
que ainda é
O já passado
momento
Para o qual não
existe instrumento
Que o faça voltar
Mas por que não
voar
O passarinho
amante do vento
Cantando no
entorno da vida
Ainda crendo
que solfejo
Faria
despertar sonoro desejo
Base da sua lida?
Pequena
verdade fria
Onde calor
não sobra
Pois falha
foi a obra
Que para acesso
Não deixou
via
“Fechado”
“Ocupado”
Na porta se
lia
Cansadas
Porém incessantes
Flores
caladas
Se doam
Ecoam
Mas já havia
ido
A primavera
Agora são
Eram
Ou serão
Apenas
desculpas para varandas
De janelas
Elas
Como a banda
Cuja música ninguém
canta
Pois é como preso
sem sela
Que não foge
dela
Pois pela
parede se encanta
Mas depois
de recusada a dança
Apenas traga
Assistindo na
tela
A cidade que
não cansa
Nem queda
mansa
Mas ensina
Que uma boa
sina
É a que
nunca se alcança
Mas se desfaz
como trança
Antes que a cabeça
Mesmo que
amanheça
Ceda à vil semelhança...
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