quarta-feira, 3 de junho de 2009

Os que Esperam por Sí Mesmos

A Busca por Aqueles que Não Podem ser Encontrados em Nós


Conseguir sobreviver nesse mundo é um desafio. Consegui sobreviver! E agora? Vêm o próximo estágio: fazer a vida valer a pena. Essa parece ser a ordem que obedecem os que vivem subjugados pelo capitalismo que buscam ganhar muito para depois compartilhar sob a condição de não pagar alguns impostos. Mas aqui quero destacar os artesãos da esperança. Sim, aqueles conseguem sobreviver doando sua vida ao outro. Os imprescindíveis. Mas... Onde eles estão? O primeiro lugar que ninguém procurará será nos pod(r)eres lesgislativo, executivo ou judiciário. Mas onde estariam estes? Nas igrejas? Não sei. Alí o descaso para com os gentios que não aceitam sua doutrina parece os distanciar de tal virtude. Onde? Nas universidades? Será? Alí poucos são os que cultivam utopias e trabalham na perspectiva de uma práxis que fuja de implesmente projetos de extensão que se preocupam em inflar o torturar dos dados. Será se é a hora de desistir das instituições? Então onde procuraríamos? Na verdade, e por que procuramos? Por que essas pessoas não podem ser nós? Eis uma questão fácil de responder: por que não estamos dispostos! Achamos que sempre existe alguém que tem que renunciar sua vida em prol do próximo mas nunca consideramos a possibilidade desse alguém sermos nós. Uns ocupados com seus afazeres, outros sem dinheiro nem para o sustento dos seus. Mas quem está falando de assistencialismo? Estamos falando de ações políticas. O medo de se confundir com a temida auto-ajuda (a versão máxima do anti-político para muitos) dá a falsa impressão que a política é feita somente de razão. E assim, os sentimentos e emoções são apropriados pelos populistas que entendem mais que os "críticos politizados" essa dimensão, por que não, política do ser. Enquanto isso, alguns anônimos talham sorrisos, pedem licença da dor para quem não devem satisfação e trabalham um outro lado, alí onde a esperança repousa e metalinguisticamente espera. E o que posso dizer disso? A estes minhas desculpas. Aos políticos meus protestos. Às crianças minhas forças. À arte meus delírios. À ciência minhas mãos e críticas. Sem querer me absorver, apenas começando a entender que para mim fazer a vida valer a pena é condição para sobreviver.


Assita:

"Eu não sei na verdade quem eu sou" (Fernando Anitelli)

http://www.youtube.com/watch?v=iSbiKzU4-jI


Amplexos.