Ainda refletindo sobre o direito à moradia que nos é roubado em circunstâncias como a do Pinheirinho, em São José dos Campos, SP. Poesia, pois a revolta também se externa em arte.
Imoradias
(André de Moraes)
Isentos carregam olhares acima dos ares
Um sul inflado esvazia o sentido da culpa
Atrevidas em alma que aos corpos se ajunta
E vão a luta com o pesar de quem busca lares
Famintos anseios fragmentados ao longe
Destituídos de medo afirmam a ordem em palavras
Ilumina o peito e na terra crava
O coletivo intento dessa história não há de perder o bonde
Cerrados, os pulsos ainda pulsam
Ex-pulsos não saem dessa terra, boca ou alma
Delírios dotados de revolta sem calma
Unidos revidam, em sua honra, as cabeças dos que não a usam
O estado não fez a lição de casa
Nada vê senão uma fina película de cidadania
Destitui-se mais que as famílias em imoradia
Na perversa busca por aquilo que lhe abrasa
O capital que fere ao muitos e somente à alguns bolsos alivia
Mas esperança vive em meio aos que sonham
Sem casa, ainda restam portas no coração solidário
Abrindo caminhos mesmo em incerto itinerário
Reacendem vontades e alimentos fracionam
Na incessante busca pela justiça tencionam
Questionando os que fazem do comum o raro
Que, sujeitando famílias a um preço frio e caro
Poupam-nos, pois a si mesmo sentenciam...
Atrevidas em alma que aos corpos se ajunta
E vão a luta com o pesar de quem busca lares
Famintos anseios fragmentados ao longe
Destituídos de medo afirmam a ordem em palavras
Ilumina o peito e na terra crava
O coletivo intento dessa história não há de perder o bonde
Cerrados, os pulsos ainda pulsam
Ex-pulsos não saem dessa terra, boca ou alma
Delírios dotados de revolta sem calma
Unidos revidam, em sua honra, as cabeças dos que não a usam
O estado não fez a lição de casa
Nada vê senão uma fina película de cidadania
Destitui-se mais que as famílias em imoradia
Na perversa busca por aquilo que lhe abrasa
O capital que fere ao muitos e somente à alguns bolsos alivia
Mas esperança vive em meio aos que sonham
Sem casa, ainda restam portas no coração solidário
Abrindo caminhos mesmo em incerto itinerário
Reacendem vontades e alimentos fracionam
Na incessante busca pela justiça tencionam
Questionando os que fazem do comum o raro
Que, sujeitando famílias a um preço frio e caro
Poupam-nos, pois a si mesmo sentenciam...
Fonte da figura: http://www.portalflm.com.br/
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