André de Moraes
Onde mora a alegria senão nos recônditos da alma
Mesmo o canto triste não ousa ignorar
o fascínio
De uma luz que brilha sem se
importar com o destino
E sorri ao intento de surpreender
enquanto acalma
Tal sorriso convence ao mais contido
tentar
Não despeja em frias decisões o
calor do momento
Aquece em mil porções o sabor que
germina ao vento
Incendiando as cinzas do, outrora,
perdido lutar
Embalado em redes descansa o corpo
feliz
Que a vida acariciou e aos rios não
negou nado
Levantando em direção ao sentir de
um afago
Festejou o nascer belo e inexato de
um viver aprendiz
Decifrando a despedida em derivados detalhes
De palavras e pronuncias na ousada
indumentária
Se no Brasil da caipirinha, ou pelo
vinho da Itália
Não me furto ao embriagar num sorrir
de entalhe
Quando sambistas inspiram alegria e espantam
males
E navegando descrevo o ruir da
tristeza em láurea
FOTO: "Roda de Samba" por André de Moraes.
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