terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Circundantes Circunstâncias

O sentido de tudo isso não cabe em mim
É preciso me expandir, é preciso me aumentar, é preciso me redimir
Os sonhos que outrora me era motivos, agora me são lembranças
As areias que me eram bonitas, agora vagam pelo devir
De uma nobre conceira na consciência que não mais dança, não mais sabe sentir


Vivo pelo que me parece sem cor
Contemplo o que me esmorece aos poucos, certo do fim
Atento àquilo que me deixa punhados de vida
Volto ao mesmo disperso fino, claro e lento e não me vejo em mim
Permito vozes e gestos, sabores e restos, descanso e lida, flores e jardim

A busca pelos sonhos (in)contidos descobre a dor
Mas as pretensas pegadas insistem em não existir

O movimento me escapa das mãos mas não se furta ao coração
Encaram doses cavalares de esperança em proseguir
Na porção de contratempo, falo de desistência em vão
     e prossigo com os que, ao sentir, vão vendo

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