segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A (V)ida!



Na tristeza pelo falecimento da mãe de um grande amigo. Tomada pela angústia e envolvida no sentimento de impotência escrevi algumas palavras como forma de manifestar meus sentimentos...

Parece ser na hora da tristeza que o coração necessita se abrir. E como numa outra historia inventada mergulho a refletir a (v)ida. Parece ser mesmo quando algo acontece ali na nossa frente e com alguém que conhecemos, que passamos a entender a dor do próximo. E sempre deveríamos tomar um pouco dessa dor para nós, pois isto nos torna mais humanos. Humanos e menos sevos com a dor do outro.

A (V)IDA
(Juliana A. Alves)

Lastimar a perda é buscar lembranças...

Lá no canto estão as flores. Embelezam os dias. Contemplam nossas (v)idas. Traduzem a sentida.

N’algum lugar chora. Sussurram pelas matas. Matando os frutos. Frutificam a vida e alimentam a alma. Agora perdidos. Pelos idos contemplam. Imagens soltas.

Sorrindo lá está. N’algum lugar à espera. Por fim, tem fim. A busca pela (v)ida. Aproveito a ida pra dizer que deixou saudades...Doroti Schwade.

Sempre estamos muito preocupados com as coisas materiais e as vaidades que o mundo nos impõe. E nem sempre damos importância ao que realmente a vida nos apresenta como prioridade. Difícil falar, principalmente, quando consideramos a perda de uma pessoa que demonstrava o entendimento humano do mundo. Usando-me das palavras do André de Moraes, é realmente, lamentável a perda de “uma das mais importantes mulheres militantes da justiça social na Amazônia”.

Deixo aqui registrada minhas tristezas.
Minhas palavras singelas, mas passeadas de sentimento pelo falecimento de Doroti Schwade.

Um abraço carinhoso à família Schwade.


"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar.. Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre". (B. Marley)

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