quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Perdido Carreirista do Barril

André de Moraes
 
 
Um dia pensei ser utopia
Toda aquela esquerda
Que carregava sua bandeira
Como quem quer fronteira
Mas do discurso da liberdade não abre mão
"Venha fazer a revolução!"
Diziam, insistiam, doutrinavam
Sem carinho ao alheio coração
Simplesmente pisavam
Em toda a construção
Que mesmo vendo as ruínas
Não exitavam sacar da bainha
A arma letal
Que atinge a massa
Nas esquinas, na praça
Como se as expusessem num varal
"Negocia-se opiniões, ideologias e dinheiro também"
Conveniências na camaradagem
Nada vem do além
E pela porta do poder
O luxo gerado do lixo
Não entenderam a revolução dos bichos
Nem querem
Sua resistência
Sujeita à toda sorte de conveniência
Nada mais diz
Suas luta nas trincheiras
Com pausa para um BigMc
Apenas para os líderes
A massa que leve lancheira
Vende-se
Um perdido
Que muito lutou pelo nosso abrigo
Mas que agora louva maquiavel
Do meio pro fim
Se tornou cruel
Com o movimento de onde saiu
Partiu
Não quer voltar
Dialogar?
Não.
Negociar passou a ser a palavra
Sua fisiologia
Está melhor que nunca
Digere qualquer porcaria
Coisas boas do presente?
Uma pena
Nada demais
E aquelas mais gerais
Não cabem nesse poema
Utópico e crítico
Materialista e não mítico
Onde minha cara mostro
Te vejo na luta contra o sistema
Todavia
Em lados opostos


...

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