domingo, 18 de abril de 2010

Monções de Inverno

"... sim, daquelas poesias expontâneas que fazemos quando o coração demanda se abrir! - dizia o cantador a mulher que perguntara como tinha feito com essas palavras..."


Monções de Inverno
(André de Moraes)


Em março te são as flores a que pertence
Junto aos vinhedos condensados, embriagantes
Molham as pétalas, secas ao sol, destiladas
Vívaras, árvores docentes e flertantes

Portas convidantes, con-vincentes ou semeadas
Ouvires seu ourives e os cantadores de estações
Ao cheiro de cálidas conversas sob lundus e cevada

Contemplação, cenas, peças, portícos e fadas

Rotas medidas, contritas a uma porção de amores
Mil artes no sentido dos mesmos destinos lentos
Fartas geografias inscritas nas palavras e sabores

Depois da ida, meios e tempos, nortes e ventos, vidas e cores


À Juliana, com amor.

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