"... sim, daquelas poesias expontâneas que fazemos quando o coração demanda se abrir! - dizia o cantador a mulher que perguntara como tinha feito com essas palavras..."
Monções de Inverno
(André de Moraes)
Em março te são as flores a que pertence
Junto aos vinhedos condensados, embriagantes
Molham as pétalas, secas ao sol, destiladas
Vívaras, árvores docentes e flertantes
Portas convidantes, con-vincentes ou semeadas
Ouvires seu ourives e os cantadores de estações
Ao cheiro de cálidas conversas sob lundus e cevada
Contemplação, cenas, peças, portícos e fadas
Rotas medidas, contritas a uma porção de amores
Mil artes no sentido dos mesmos destinos lentos
Fartas geografias inscritas nas palavras e sabores
Depois da ida, meios e tempos, nortes e ventos, vidas e cores
À Juliana, com amor.
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