(André de Moraes)
E esse estilo que me contorna em olhares
Um corpo em beleza escrita
Construindo ousadas insígnias
Aquecendo em amor nos bares
Em literais e camufladas perfídias
Caio em tramas e boleros
Transcendendo ao céu do delírio
Nada ao chão senão o martírio
Abaixo dos dançantes pés sinceros
Ao estreito convite de Eros
Liberto a alma e com palavras miro
Fatos nos invadem e se fazem provas
Da tenuidade ilimitada da perdição
Solta em consciente intenção
Girava nos meus braços após duas trovas
Despindo os olhos contemplava luas novas
E aos ares avançava em pueril rendição
Entornando litros de beijos arrancados
Voraz amava por dentro
E dizia não ser mais que intento
Os disfarçados roteiros premeditados
Que nunca ousariam outro momento
Senão o instintivo sentimento
No passado, contido
No presente, indomado
E no futuro, instrumento...
Fonte da Figura: http://universoparaleloemversos.blogspot.com/2011/09/segundas-intencoes.html